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Manifestantes fazem churrasco na Cracolândia


Cerca de 200 pessoas participaram do ato, considerado pacífico pela PM.
Quase 150 pessoas foram presas no Centro de SP durante operação.



Manifestantes fazem churrasco na Cracolândia (Foto: Cris Faga/AE) Cerca de 200 pessoas, segundo a Polícia Militar, realizaram na tarde deste sábado (14) um churrasco na região da Cracolândia, no Centro de São Paulo, para protestar contra a Operação Centro Legal, que a corporação executa desde o dia 3 deste mês.
O grupo autodenominado Desentorpecendo a Razão (DAR) convocou o protesto pelas redes sociais. No Facebook, mais de 4 mil confirmaram a presença no evento.
O encontro foi chamado de ‘Churrascão de gente diferenciada – versão Cracolândia'. De acordo com a organização do evento, o objetivo foi protestar contra a presença da polícia nas ruas da cidade paulista e contra o “preconceito e o racismo dos políticos e das elites paulistanas".

O evento faz alusão ao churrasco que aconteceu no dia 14 de maio de 2011 na região de Higienópolis. Na ocasião, os manifestantes protestaram contra a iniciativa de moradores da região que tentaram vetar a construção de uma estação do Metrô no bairro.
Durante a madrugada, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, visitou a região. Ele percorreu as ruas da área de carro e disse que a Cracolândia está mais segura. Alckmin reforçou que a Polícia Militar continuará com a operação.
"A polícia vai continuar na região. Esse é um trabalho longo, não vai resolver no curto espaço de tempo, tem que perseverar. De um lado, [é preciso] o trabalho social, de abrigamento das famílias, e [um trabalho] policial, de garantir a segurança das pessoas e prender os traficantes de drogas", disse o governador.
Balanço da Polícia Militar mostra que 149 pessoas foram presas desde o dia 3 de janeiro na Cracolândia durante a Operação Centro Legal. Do total de detidos, 106 foram presos por delitos diversos e 43 são foragidos da Justiça.
Desde o início da operação, 212 pessoas foram encaminhadas para serviços de saúde, 80 foram internadas e nove pessoas foram encaminhadas para hospitais.
No total, a PM realizou 4.273 abordagens e apreendeu 2,33 kg de crack, 10,187 kg de cocaína e 17,195 kg de maconha - quase 30 kg de drogas. Segundo o balanço da corporação, 878 pessoas foram encaminhadas para abrigos e 101 toneladas de lixo foram recolhidas das ruas da região central de São Paulo.
Inquérito
A partir da semana que vem, o Ministério Público ouvirá os envolvidos na operação. Um inquérito foi instaurado para apurar a ação. Nesta sexta-feira (13), houve uma reunião entre promotores, o comando da PM e representantes das secretarias municipais e estaduais de Saúde, Assistência Social e Justiça.
No encontro, que durou cerca de cinco horas, os promotores questionaram a eficiência da ação. Eles argumentaram que seu início foi precipitado, já que o complexo da Rua Prates para atender os usuários ainda não foi inaugurado. O comandante da corporação disse que a estratégia não será modificada. O governo de São Paulo informou que as ações vêm sendo planejadas em conjunto há pelo menos três meses.


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