Subiu para 13 o número de mortos encontrados em decorrência das chuvas e deslizamentos de terra em Jamapará, distrito de Sapucaia, na região do médio Paraíba do Estado do Rio de Janeiro. Somente nesta terça-feira (10), cinco corpos foram localizados onde oito casas foram soterradas na altura do km 108 da BR-393. O número de desaparecidos pode chegar a 11, segundo o relato de moradores à Defesa Civil. As buscas no local, que foram interrompidas durante a madrugada, foram intensificadas pela manhã.
O secretário estadual de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões, disse que é muito improvável encontrar algum sobrevivente.
A igreja de Santana, localizada a 100 m de onde ocorreu a tragédia, recebe os corpos das vítimas do deslizamento para velório.
Recursos
A Prefeitura de Sapucaia espera há um ano por verba de R$ 9 milhões para recuperação de encostas e outras obras de prevenção de desastres.
De acordo com o prefeito Anderson Zanon (PSD), a administração municipal dispõe de poucos recursos - Sapucaia tem cerca de 18 mil habitantes - e todos os anos sofre com problemas causados pelas chuvas. Só no ano passado, com os temporais do início de 2011, o município teve 26 pontes destruídas.
- Conseguimos reconstruir todas [as pontes]. Muitas eram pequenas, na zona rural. Fiz o pedido [da verba] no ano passado, mas, por causa da burocracia, até agora não recebemos.
A última vez que Sapucaia recebeu verbas para reconstrução de estragos causados pelas chuvas foi em dezembro de 2010. O bairro Barão foi praticamente destruído naquele ano por um temporal e Zanon conseguiu dinheiro federal para reconstruir o lugar.
Ajuda
Segundo a Secretaria Municipal de Assistência Social, caminhões e máquinas chegam ao local a todo o momento para ajudar a localizar os corpos.
Cerca de 30 bombeiros de Carmo, Teresópolis, Três Rios e Itaipava (distrito de Petrópolis) foram deslocados para a localidade de Jamapará. No entanto, deslizamentos nas rodovias dificultaram a chegada da ajuda. Segundo a prefeitura, apenas a BR-116, caminho por Teresópolis, está completamente livre.
Áreas de risco
O prefeito de Sapucaia disse que a geografia do distrito coloca Jamapará em condições naturais de risco, já que há muitas encostas no local e moradias construídas próximas a elas. O prefeito, no entanto, não considerava o local do deslizamento como uma área de risco.
- Nunca houve uma tentativa de retirar as pessoas daquele local porque lá não era considerada área de risco. Tem casas ali bem antigas, de 40, 50 anos. Não é uma área de ocupação recente e nunca houve uma tragédia como essa antes.
O prefeito de Sapucaia disse que a geografia do distrito coloca Jamapará em condições naturais de risco, já que há muitas encostas no local e moradias construídas próximas a elas. O prefeito, no entanto, não considerava o local do deslizamento como uma área de risco.
- Nunca houve uma tentativa de retirar as pessoas daquele local porque lá não era considerada área de risco. Tem casas ali bem antigas, de 40, 50 anos. Não é uma área de ocupação recente e nunca houve uma tragédia como essa antes.
Fonte: R7.com
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