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Greve nas federais faz 3 meses com impasse entre governo e professores


Sindicatos pedem reabertura das negociações sobre salário e carreira. 
Governo diz que conversas acabaram e pressiona por volta às aulas. 


Professores federais em greve fazem protesto durante passagem de Dilma pelo interior de Minas (Foto: Pedro Trigineli, do G1 MG)A greve dos professores das universidades federais completa três meses nesta sexta-feira (17) com um grande impasse entre o governo e os sindicatos da categoria. O governo apresentou duas propostas neste período, e fechou um acordo de reajuste salarial com uma das entidades docentes, a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes). No entanto, as outras duas entidades docentes, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino (Andes) e o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica e Tecnológica (Sinasefe), que iniciaram o movimento de greve, não aceitaram a proposta.
O governo federal diz que a negociação está encerrada e pressiona as reitorias das universidades a planejar o calendário de reposição de aulas. Por outro lado, Andes e Sinasefe afirmam não reconhecer o acordo e pressiona o governo a reabrir o diálogo. Nesta quinta-feira (16), o sindicato protocolou no Palácio do Planalto uma carta dirigida à presidenta Dilma Rousseff pedindo reabertura imediata das negociações com os docentes em greve.
A greve foi iniciada em 17 de maio. Do total de 59 universidades, 57 aderiram à paralisação, além dos 37 institutos, centros de educação tecnológica e o Colégio Pedro II. Apenas a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e a Universidade Federal de Itajubá (Unifei) não aderiram ao movimento. De acordo com a Andes, professores de 52 instituições realizaram novas assembleias após o governo assinar o acordo com o Proifes e votaram pela continuidade da greve.

Nesta quinta-feira (16), os professores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) votaram pelo fim da greve nos quatro campi da universidade: Florianópolis, Araranguá, Joinville e Curitibanos. A greve começou no dia 11 de julho, após o final do primeiro semestre letivo. Os servidores técnico-administrativos continuam parados.
Os professores do campus de Guarulhos da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) decidiram na quinta-feira (16) encerrar a greve iniciada em maio. A data para o retorno às aulas, no entanto, só será definida na quinta-feira (23) em uma nova reunião com a congregação.
De acordo com Vírgina Junqueira, presidente da Adunifesp (Associação dos Docentes da Unifesp), o fim da paralisação se deve à preocupação dos professores com o calendário escolar. "Eles não são contra as reivindicações dos professores da Unifesp. Mas entenderam que neste momento, devido à gravidade da situação em Guarulhos, a melhor estratégia seria retomar a normalidade das aulas."
Professores em greve das universidades federais durante manifestação na Esplanada dos  Ministérios nesta quinta-feira (16) (Foto: Felipe Néri/G1)Professores em greve das universidades federais durante manifestação na Esplanada dos Ministérios nesta quinta-feira (16) (Foto: Felipe Néri/G1)
Reivindicações
As principais reivindicações dos servidores são o aumento do piso salarial em 22,8% e a correção das pendências da carreira desde 2007. O piso atual é de R$ 1.034. Os servidores fizeram uma greve de quase quatro meses no ano passado, mas não houve negociação com o governo e a paralisação foi encerrada. 
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